A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, em colaboração com as Secretarias de Saúde do Município e do Estado, anunciou a ampliação das ações de prevenção ao HIV, com a disponibilização da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e PEP (Profilaxia Pós-Exposição). Essa iniciativa faz parte de uma estratégia de prevenção combinada, alinhada às diretrizes do Ministério da Saúde, e será implementada na primeira terça-feira de cada mês, visando um acesso mais amplo e acolhedor aos serviços de saúde.
Além da PrEP, que oferece proteção contínua para pessoas em risco, todas as unidades básicas de atenção primária em Goiânia estão preparadas para realizar a testagem de HIV, facilitando o diagnóstico precoce e o encaminhamento adequado. Para aqueles que buscam um atendimento mais especializado, o Centro de Referência em Diagnóstico Terapêutico (RDT), localizado na Rua 87, nº 499, Setor Sul, será o espaço indicado para procedimentos relacionados à prevenção e ao cuidado no enfrentamento ao HIV.
A PEP, um recurso crucial para pessoas que tiveram exposição recente ao vírus, pode ser administrada em até 72 horas após um contato de risco, como relações sexuais desprotegidas. Nesse caso, é fundamental que as pessoas busquem atendimento em uma UPA, onde receberão o tratamento adequado e as orientações necessárias.
O Secretário Executivo de Direitos Humanos, Eduardo Oliveira, ressaltou a importância da informação e da desmistificação no combate ao HIV. “Embora o HIV não tenha cura, há tratamentos eficazes. A prevenção é essencial, e precisamos garantir que a sociedade conheça todas as formas de proteção disponíveis. O uso de preservativos é uma maneira bem conhecida, mas com os avanços farmacológicos, estamos reforçando a estratégia de proteção combinada”, afirmou.
Inspirando-se em exemplos bem-sucedidos, como a cidade de São Paulo, que viu uma redução significativa nos casos de HIV devido ao uso da PrEP, a Secretaria de Direitos Humanos de Goiânia tem realizado ações de conscientização, incluindo a distribuição de preservativos e materiais informativos nos terminais de ônibus. A expectativa é continuar ampliando o alcance das ações de prevenção.
Eduardo Oliveira também enfatizou a necessidade de uma abordagem coletiva na luta contra o HIV, envolvendo escolas, ONGs, a sociedade civil e a mídia. “Precisamos trabalhar juntos para construir um futuro sem estigmas e preconceitos, assegurando que as pessoas possam ter uma vida sexual saudável e responsável”, concluiu.