O anúncio de um pacote de medidas para reduzir os gastos obrigatórios do governo pode ocorrer nesta quinta-feira (7), segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A confirmação depende de uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Caso o encontro ocorra até o início da tarde, as medidas poderão ser divulgadas no mesmo dia.
De acordo com Haddad, faltam apenas dois detalhes jurídicos para finalizar o pacote. A reunião entre o presidente e os parlamentares, prevista inicialmente para esta quarta-feira (6), foi remarcada para quinta-feira, às 9h30, após um compromisso sobre mudanças climáticas se estender até o fim da tarde.
“Creio que a reunião de amanhã será decisiva, pois restam apenas pequenos ajustes para a tomada de decisão pelo presidente Lula”, explicou o ministro. Ele destacou que a equipe econômica e o presidente já discutiram as medidas com os ministérios diretamente afetados, como os de Previdência, Desenvolvimento Social, Trabalho, Saúde e Educação.
Haddad adiantou que o pacote incluirá uma proposta de emenda à Constituição e um projeto de lei complementar. Algumas sugestões foram retiradas por oferecerem pouco impacto fiscal, evitando polêmicas desnecessárias. “Não faz sentido propor algo controverso se o ganho para o orçamento é mínimo”, afirmou Haddad ao deixar o Ministério da Fazenda.
O ministro também comentou brevemente sobre a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano. Haddad disse que ainda não leu o comunicado emitido pelo Copom e que aguardará a ata, prevista para a próxima terça-feira (12), antes de se pronunciar sobre a decisão do Banco Central.