*Destaque, Brasil, Goiás, Política COP29: Líderes globais e políticos goianos se reúnem para discutir o futuro do clima em meio a desafios

Nesta semana, representantes de Goiás se juntam a líderes de quase 200 países na COP29, a cúpula climática das Nações Unidas, que teve início ontem, 11 de novembro, em Baku, Azerbaijão. A delegação goiana, conforme apurado pelo Política e Cotidiano, é composta por deputados estaduais e uma vereadora: Rosangela Rezende (Agir), Mauro Rubem (PT), Dra. Zeli (UNIÃO BRASIL) e Kátia Maria (PT). Esses representantes estão comprometidos em discutir e buscar soluções para as mudanças climáticas.

A COP29, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, reúne quase 200 países e uma série de líderes globais em Baku, Azerbaijão, com a missão de traçar ações eficazes contra o aquecimento global. Entre os participantes mais influentes estão os maiores emissores de gases de efeito estufa, como Estados Unidos, China, União Europeia e Índia, acompanhados de coalizões de países em desenvolvimento e nações insulares, que são desproporcionalmente afetadas pelas mudanças climáticas.

Líderes como John Podesta, conselheiro sênior da Casa Branca, representam os EUA, que, apesar dos avanços em investimentos verdes, são historicamente os maiores emissores de carbono. A recente vitória de Donald Trump nas eleições, no entanto, lança incertezas sobre o futuro dos compromissos climáticos dos EUA, uma vez que ele promete retirar o país do Acordo de Paris e interromper investimentos em energias renováveis.

A China, responsável por cerca de 30% das emissões globais de carbono, também enviará uma delegação de peso. O país alcançou recordes tanto na produção de energia renovável quanto no uso de combustíveis fósseis. A China mantém seu status de país em desenvolvimento nas negociações da ONU, argumentando que os países ricos, que historicamente emitiram mais, devem liderar a ação climática e financiar transições em países menos desenvolvidos.

A União Europeia, embora não tenha ainda definido todas as suas metas de financiamento, prometeu manter um papel de liderança, com um foco na sustentabilidade e exigindo que nações como China e Índia também contribuam com o financiamento climático. O bloco contribuiu com 28,6 bilhões de euros em 2023, sendo o maior fornecedor global de financiamento para iniciativas climáticas.

Entre os países anfitriões, o Azerbaijão, que sedia a COP29, é um grande produtor de gás natural e colabora com os anfitriões das próximas cúpulas, Brasil e Emirados Árabes Unidos, na organização e continuidade dos temas. Este grupo, apelidado de “Troika”, representa nações que são economicamente dependentes de combustíveis fósseis, o que suscita discussões sobre sua transição para fontes de energia mais limpas.

Blocos de negociação e coalizões

Além das principais potências, outras coalizões desempenham papéis essenciais nas negociações. O G77 + China, composto por países em desenvolvimento, pressiona para que nações ricas assumam responsabilidades mais significativas na mitigação dos impactos climáticos. O grupo africano de negociadores também busca garantir maior financiamento e justiça climática, especialmente após catástrofes recentes, como enchentes e ondas de calor, que afetam desproporcionalmente o continente africano.

A Aliança dos Pequenos Estados Insulares e a Coalizão de Alta Ambição, por sua vez, continuam a pressionar por metas mais rigorosas de redução de emissões e investimentos para combater o aumento do nível do mar, que ameaça a existência dessas nações.

O papel do Brasil

 O Brasil, que será sede da COP30, prometeu reduzir suas emissões em até 67% até 2035 e, como líder entre as economias em desenvolvimento, tem pressionado por financiamento climático robusto e acessível.

O encontro da COP29, que segue até o final do mês, representa uma oportunidade decisiva para os países líderes e as coalizões mais vulneráveis firmarem compromissos sólidos. As resoluções tomadas em Baku poderão ditar o rumo da política climática global e influenciar diretamente as metas e políticas ambientais para os próximos anos, especialmente para países como o Brasil, que ainda dependem de ações colaborativas para promover uma transição justa e eficaz.

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