O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) causou polêmica ao sair em defesa dos militares presos na operação da Polícia Federal (PF) que desarticulou um plano golpista contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em declaração, Flávio minimizou a gravidade das acusações, afirmando que “pensar em matar não é crime”.
A operação revelou um esquema que envolvia membros das Forças Armadas e outros agentes para desestabilizar o governo eleito, com planos de assassinatos e atentados para impedir a posse de Lula e Alckmin, além de sequestrar e eliminar Moraes. Os investigados estão sendo acusados de crimes que vão desde conspiração até ações contra o Estado Democrático de Direito.
Flávio Bolsonaro argumentou que não havia execução dos atos planejados e que, portanto, a prisão seria exagerada. “Você não pode prender alguém só porque a pessoa pensou em alguma coisa. Isso é um absurdo”, declarou o senador, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As falas de Flávio geraram forte repercussão nas redes sociais e no meio político. Parlamentares da base governista criticaram a postura, afirmando que a defesa de atos golpistas demonstra alinhamento com práticas antidemocráticas. A oposição, por sua vez, viu nas declarações um sinal de apoio tácito às ações extremistas que colocam em risco as instituições brasileiras.
A Polícia Federal segue com as investigações, e as prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que destacou a gravidade do caso. Os próximos desdobramentos do episódio devem intensificar o debate sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade de figuras públicas diante de ameaças à democracia.