O ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, afirmou nesta quinta-feira (21), por meio de suas redes sociais, que aguardará a análise de seu advogado para definir os próximos passos. Bolsonaro declarou que o processo será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), onde pretende concentrar sua defesa.
“A luta começa na PGR. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao portal Metrópoles, cujos trechos foram compartilhados por ele na plataforma X.
O ex-presidente também fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de conduzir os inquéritos de forma arbitrária e sem respaldo legal. “Moraes faz tudo o que não diz a lei”, disse Bolsonaro, alegando ainda que o ministro estaria promovendo prisões sem denúncia e “ajustando depoimentos”.
O relatório da PF, já enviado ao STF, aponta Bolsonaro como parte de uma organização que, segundo a investigação, planejava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, eleitos em 2022. Entre os crimes atribuídos ao grupo estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe e organização criminosa.
Além de Bolsonaro, foram indiciados nomes como o ex-ministro Augusto Heleno, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro Anderson Torres, entre outros. A investigação também incluiu uma operação realizada na última terça-feira (19), que visava integrantes de uma organização acusada de planejar ataques contra Lula, Alckmin e Moraes.
Fonte: Agência Brasil.