*Destaque, Brasil, Política Arthur Lira critica retratação do Carrefour e defende marco legal para proteger produtores brasileiros

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou a necessidade de um marco legal robusto para proteger os produtores brasileiros e combater desinformações que prejudicam a cadeia produtiva nacional. A declaração foi feita nesta terça-feira (26), durante evento da Frente Parlamentar da Agropecuária, em meio à polêmica gerada pelas declarações do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard.

Retratação considerada insuficiente

Na semana passada, Bompard anunciou que o Carrefour não compraria mais carnes do Mercosul, alegando não cumprimento de exigências sanitárias da União Europeia. Após forte repercussão, o executivo divulgou hoje (26) uma carta de retratação. Para Lira, a resposta foi “fraca” e insuficiente. Ele exigiu uma desculpa formal que reconheça a qualidade dos produtos brasileiros e criticou as narrativas que, segundo ele, difamam injustamente a produção nacional.

“Não podemos minimizar o que aconteceu. É uma escalada de narrativas que não são verdadeiras sobre a produção brasileira. Você pode comprar de onde quiser, mas não denigra a imagem de quem se esforça em produzir sem subsídios com muita luta”, afirmou Lira.

Pressão internacional e medidas

Lira também destacou os impactos negativos na imagem do agronegócio brasileiro e a repercussão em outros mercados. Ele propôs convocar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para detalhar aos parlamentares as tratativas com a França em relação ao ocorrido.

Além disso, o presidente da Câmara indicou que será priorizada a votação de projetos que garantam reciprocidade nas medidas de proteção ambiental em relações comerciais internacionais, enfatizando que a legislação brasileira é uma das mais rigorosas do mundo em termos ambientais.

COP 30 e comparações

De olho na COP 30, Lira pediu que os parlamentares usem o evento para mostrar o “Brasil real” e destacar as diferenças nas políticas ambientais entre Brasil e França. Ele ressaltou o compromisso nacional com a proteção ambiental, mencionando a maior quantidade proporcional de reservas indígenas e quilombolas no Brasil em relação à França.

“Temos a lei mais dura e mais protetiva do meio ambiente do mundo. É importante comparar quanto os franceses protegem e quanto os brasileiros protegem”, afirmou.

O projeto de lei sobre reciprocidade ambiental deve ser negociado com o Senado para garantir alinhamento e fortalecer as relações comerciais do Brasil no cenário global.

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