*Destaque, Brasil, Política Governo anuncia pacote fiscal de R$ 70 bilhões: entenda as medidas

O governo federal apresentou um pacote de medidas fiscais que visa equilibrar as contas públicas e garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal. O plano, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros integrantes da equipe econômica, busca gerar uma economia de R$ 70 bilhões até 2026, combinando cortes de gastos obrigatórios com mudanças na arrecadação.

Entre os principais pontos do pacote estão ajustes no Imposto de Renda, alterações em benefícios sociais e cortes em subsídios. Confira os detalhes:

Imposto de Renda

  • Isenção para quem ganha até R$ 5 mil: Cumprindo promessa de campanha, a faixa de isenção será ampliada. Atualmente, apenas quem ganha até R$ 2.259,20 está isento.
  • Nova alíquota para ricos: Quem recebe acima de R$ 50 mil por mês terá uma alíquota efetiva de 10%, combatendo estratégias como a “pejotização”.

Benefícios sociais

  • Abono salarial: Será corrigido apenas pela inflação, reduzindo o crescimento do benefício em relação ao salário mínimo.
  • Bolsa Família: Terá maior rigor no cadastramento, com exigências como biometria e cruzamento de dados para evitar fraudes.

Regras para supersalários e Previdência de militares

  • Supersalários: A lista de exceções ao teto salarial será revista por lei complementar, abrangendo todos os poderes e esferas.
  • Militares: Mudanças incluem o fim de privilégios, como a “morte ficta”, e o aumento da idade mínima para aposentadoria progressiva até 55 anos.

Salário mínimo

A fórmula atual será mantida, mas com limitações em anos de recessão. Em 2025, o valor será de R$ 1.515, com um reajuste abaixo do previsto pela regra atual.

Outras medidas

  • Gastos com emendas parlamentares: Serão limitados ao arcabouço fiscal, com parte destinada obrigatoriamente ao SUS.
  • Subsídios e benefícios fiscais: Não poderão ser criados ou ampliados se houver déficit primário.

Segundo o governo, essas mudanças têm como objetivo garantir o equilíbrio fiscal e reforçar políticas públicas essenciais, sem deixar de redistribuir de forma mais justa os encargos tributários. O pacote ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional antes de entrar em vigor.

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