O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, declarou nesta terça-feira (03) a implementação da lei marcial no país, em um movimento sem precedentes desde 1980. A medida foi anunciada durante um pronunciamento à nação, transmitido ao vivo pelas principais emissoras de TV.
Segundo Yoon, a decisão visa proteger uma Coreia do Sul liberal diante das ameaças representadas pela Coreia do Norte e combater ações que considera prejudiciais ao Estado, atribuídas ao principal partido de oposição.
“Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças colocadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar elementos contra o Estado, declaro a lei marcial de emergência”, afirmou o presidente.
Acusações contra a oposição
Yoon acusou o partido de oposição de promover uma agenda que paralisa o governo com pedidos de impeachment, investigações especiais e manobras para proteger seus líderes de processos judiciais. Ele criticou a falta de foco nas necessidades do povo, destacando a crise política como um agravante para a instabilidade nacional.
Impactos da lei marcial
Embora não tenha especificado as medidas que serão implementadas sob o regime de lei marcial, a decisão amplia os poderes do governo e das forças armadas para agir em questões de segurança nacional e controle interno.
A declaração de lei marcial na Coreia do Sul, uma democracia consolidada, é um evento raro, reacendendo memórias da última vez que a medida foi adotada, em 1980, durante a repressão ao Levantamento de Gwangju.
A situação ainda está em desenvolvimento e deve provocar reações intensas tanto dentro do país quanto no cenário internacional, especialmente considerando a já elevada tensão na Península Coreana.