O recente acordo entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado durante a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Montevidéu, encerra mais de duas décadas de negociações e foi amplamente celebrado por entidades brasileiras, como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O tratado estabelece uma das maiores áreas de integração econômica do mundo, abrangendo 780 milhões de consumidores e 25% da economia global.
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, destacou que o acordo abre novas oportunidades para os setores de bens, serviços e turismo, reforçando a competitividade do Brasil no mercado internacional e promovendo práticas sustentáveis. “Esse acordo reflete o compromisso com o desenvolvimento sustentável, promovendo crescimento econômico e preservação ambiental, essenciais para garantir um futuro promissor às próximas gerações”, afirmou.
Já a ApexBrasil avalia que o tratado poderá recuperar a relevância dos mercados europeus nas exportações brasileiras, que diminuíram de 23% para 13,6% em 20 anos devido ao aumento das relações comerciais com o Leste Asiático. Segundo o presidente da agência, Jorge Viana, mais de 1.800 oportunidades de negócios foram mapeadas, abrangendo produtos como café, milho, aviões e móveis de madeira.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também vê o acordo como estratégico para diversificar exportações e ampliar a base de parceiros comerciais do Brasil.
Apesar de concluído, o tratado ainda precisa ser formalmente assinado e aprovado pelos parlamentos dos países envolvidos. As negociações, que começaram há 25 anos, tiveram impulso decisivo da diplomacia ativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tanto em seu mandato atual quanto em governos anteriores.
O acordo promete benefícios econômicos e a consolidação de laços históricos e culturais entre os dois blocos, representando um marco para a integração global do Brasil e do Mercosul.
