O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, garantiu nesta quinta-feira (11/12) que sempre atuou em conformidade com a legislação eleitoral e afirmou nunca ter cometido qualquer irregularidade que comprometesse sua trajetória política. Durante entrevista coletiva no Palácio das Esmeraldas, Caiado comentou a decisão da juíza da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, que pede sua inelegibilidade por suposto abuso de poder político.

“Sou um homem que sempre pautei minha vida política pelo cumprimento das normas legais e jamais pratiquei um ilícito moral ou eleitoral. Respeitarei com tranquilidade a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, mas não podem existir dois tratamentos”, declarou Caiado.

O governador informou que seus advogados já apresentaram recurso e que confia na revisão da decisão em instâncias superiores. Ele destacou que está amparado por um entendimento do próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), de 2018, que reconhece o Palácio das Esmeraldas como residência oficial do governador, permitindo eventos políticos desde que sejam restritos e não abertos ao público, conforme previsto no artigo 73 da Lei das Eleições.

Reuniões fechadas e foco em questões institucionais

Caiado explicou que a reunião em questão, realizada no Palácio das Esmeraldas, foi de cunho institucional e restrita, com vereadores e suplentes, para tratar de temas como saúde, educação e limpeza urbana em Goiânia. Ele negou qualquer intenção de transformar o encontro em um ato eleitoral.

“Foi uma reunião fechada, onde o objetivo maior era a preocupação com o quadro da saúde, do lixo e da educação de Goiânia. Não houve campanha, nem qualquer ilegalidade”, afirmou.

Jurisprudência reforça posição

O governador também citou decisões judiciais anteriores que respaldam sua conduta, como a de 2014, em que o ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), julgou improcedente uma acusação contra a então presidente Dilma Rousseff pelo uso do Palácio da Alvorada em reuniões políticas.

“Tanto Bolsonaro, quanto Dilma, Lula e outros também realizaram encontros nas residências oficiais. Se o Palácio da Alvorada sempre foi aberto, e o Palácio das Esmeraldas antes do meu mandato também sempre foi aberto, não pode ser diferente. Tem de haver o mesmo parâmetro de entendimento”, pontuou.

Ao encerrar a coletiva, Caiado reafirmou sua confiança na justiça e reiterou que seguirá defendendo sua gestão com transparência e respeito às normas legais. “Acredito na justiça e tenho a certeza absoluta de que a resposta será dada nas instâncias adequadas.”