A partir de 1º de janeiro de 2025, o Brasil assume a presidência do Brics, grupo formado atualmente por dez países, incluindo grandes economias emergentes. Entre os principais temas da presidência brasileira estão mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e governança da inteligência artificial (IA). O país também sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém, no mesmo ano.
Segundo o embaixador Eduardo Saboia, sherpa do Brics em 2025, o grupo, que representa mais de 40% da população global e 37% do PIB mundial ajustado por poder de compra, é uma força estabilizadora e construtiva no cenário internacional. “Se você quer construir um mundo melhor, o Brics tem que ser parte dessa construção”, destacou Saboia, em entrevista à Agência Brasil.
Mudanças climáticas como prioridade
A questão climática será central na agenda do Brasil durante a presidência do Brics, especialmente pelo papel dos países do grupo na energia, principal fonte de emissões de gases de efeito estufa. O embaixador destacou a importância de alinhar as ações do Brics para contribuir com o sucesso da COP-30.
Governança da inteligência artificial
Outro tema relevante será a governança da IA, considerada uma tecnologia disruptiva. O Brasil pretende iniciar discussões no Brics para estabelecer uma visão conjunta sobre como essa governança deve ser estruturada.
Ampliação do grupo
O Brics também passará por mudanças estruturais. Após incorporar Arábia Saudita, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos em 2024, o grupo anunciou a criação de uma nova categoria de membros associados. Treze países, como Indonésia, Nigéria e Vietnã, foram convidados a se juntar.
O Brasil planeja trabalhar para que esses novos países se sintam integrados e participem das reuniões ministeriais e da cúpula de 2025. “É importante que haja um trabalho para que eles se envolvam”, afirmou Saboia.
Com a ampliação e o fortalecimento da agenda do Brics, a presidência brasileira busca consolidar o grupo como um ator-chave na promoção de um mundo mais justo e sustentável.
Fonte: Agência Brasil
