Segundo o Unicef, o Brasil apresentou avanços significativos na redução da pobreza entre crianças e adolescentes de 2017 a 2023:
- Linha da pobreza monetária: caiu de 25,44% (2017) para 19,14% (2023), reduzindo o número de crianças em famílias com renda abaixo de R$ 355 por pessoa.
- Extrema pobreza: caiu de 8,1% para 4,2 milhões de crianças com renda inferior a R$ 209 por pessoa.
- Pobreza multidimensional: também apresentou queda significativa, com uma redução de 62,5% (2017) para 55,9% (2023).
Outras dimensões da pobreza:
- Água potável: o percentual de crianças sem acesso caiu de 6,8% para 5,4%.
- Saneamento básico: redução de 42,3% para 38%.
- Acesso à informação: caiu de 17,5% para 3,5%.
- Insegurança alimentar: de 50,5% (2018) para 36,9% (2023).
Impacto de políticas públicas:
A expansão do Bolsa Família foi apontada como um dos fatores cruciais na melhoria das condições de renda das famílias, retirando 4 milhões de crianças da pobreza em 2023.
Desigualdades persistem:
- Crianças negras têm maior índice de pobreza multidimensional (63,6%) em comparação com brancas (45,2%).
- Áreas rurais continuam concentrando altos níveis de privação, com destaque negativo para o saneamento básico, que atinge 92% das crianças dessas regiões.
- Regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores índices de privação, enquanto Sul e Sudeste têm os menores.
O Unicef enfatiza que a garantia de direitos na infância é essencial não apenas para o desenvolvimento individual, mas também para o crescimento econômico do país.