Nesta segunda-feira (21), Goiânia celebra o Dia de Combate à Intolerância Religiosa, instituído pela Lei Municipal nº 10.673/2021, de autoria da vereadora Aava Santiago. A data integra o calendário oficial do município e busca promover ações de conscientização para combater o preconceito e fortalecer o respeito à diversidade religiosa.
A vereadora destacou o significado da legislação, que foi inspirada no Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, estabelecido pela Lei Federal nº 11.635/2007, em memória de Mãe Gilda, sacerdotisa do candomblé vítima de perseguição religiosa.
“Vivemos em uma sociedade diversa, e garantir o direito à liberdade de crença é um dever do poder público e de todos os cidadãos. Especialmente as religiões de matriz africana ainda enfrentam intolerância, e essa data é um marco para promover o diálogo e o respeito entre as diferentes crenças”, afirmou Aava Santiago.
A lei prevê que, anualmente, o Poder Público Municipal desenvolva atividades para conscientizar a população sobre os impactos da intolerância religiosa e a importância de uma convivência harmônica entre diferentes grupos religiosos.
Carta-compromisso e ações concretas
Além da criação da lei, Aava Santiago elaborou, em parceria com a Ouvidoria da Mulher, a Carta-Compromisso pelo Fim da Violência contra Mulheres, Meninas e Crianças em Comunidades Eclesiásticas. O documento, apresentado em janeiro de 2024, busca envolver lideranças religiosas no combate à violência de gênero e tornar espaços de fé acolhedores e seguros.
“Precisamos garantir que cada templo ou espaço de fé seja um lugar de acolhimento e respeito, sem discriminação ou violência. O combate à intolerância religiosa e à violência contra mulheres é um esforço contínuo que exige a mobilização de toda a sociedade”, ressaltou a vereadora.
Engajamento de líderes religiosos
A iniciativa da vereadora tem contado com o apoio de líderes religiosos, como o pastor Sandro Cristopher, da ADPEL Vila Brasília, que destacou a importância do respeito e da convivência pacífica entre diferentes crenças. “A diversidade religiosa é uma riqueza cultural e espiritual. O diálogo promovido por essa legislação é essencial para garantir uma convivência harmoniosa”, afirmou.
Outras ações semelhantes pelo país e no exterior também reforçam o compromisso com a tolerância religiosa, como a declaração conjunta assinada por líderes na Guiné-Bissau e eventos inter-religiosos no Brasil, promovendo a união e o respeito entre diferentes crenças.
