*Destaque, Brasil, Política Abertura do Congresso vira palco de estratégia de comunicação: a ‘Guerra dos Bonés’ rouba a cena

O retorno do ano legislativo no Congresso Nacional, que deveria ser marcado pelo debate de projetos e soluções para os problemas do país, se transformou em um verdadeiro desfile de bonés propagandísticos. De um lado, a base governista apareceu ostentando bonés azuis com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros”. Do outro, a oposição reagiu com bonés em verde e amarelo estampando “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”.

A iniciativa foi arquitetada por Sidônio Palmeira, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, e prontamente adotada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Cem bonés foram confeccionados para parlamentares aliados do governo, variando entre azul, verde e amarelo. A oposição, por sua vez, decidiu usar a mesma estratégia, reafirmando sua aliança com Bolsonaro e distribuindo trinta bonés com lemas provocativos.

A estratégia dos governistas também pode ser vista como uma resposta à postura de alguns políticos brasileiros, incluindo membros da família Bolsonaro, que durante a posse de Donald Trump adotaram o boné vermelho com o slogan “Make America Great Again”, em apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos. Agora, o governo Lula tenta reverter esse símbolo, apropriando-se da estética e da estratégia para reforçar sua própria narrativa.

O episódio reforça o esvaziamento da discussão política no Brasil, onde o marketing e a disputa simbólica substituem debates sérios sobre as questões urgentes do país. Enquanto parlamentares fazem propaganda eleitoral antecipada, as pautas ficaram em segundo plano.

A pergunta que fica é: até quando o Congresso será um palco de espetáculo e não de solução? O que não deixa dúvidas é que as eleições que vão acontecer em 2026 já começou a movimentar a política nacional.

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