O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta manhã (7) que as medidas adotadas pelo governo para alcançar um “patamar adequado” para o dólar devem refletir na economia nas próximas semanas. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Manhã Cidade, da Rádio Cidade, de Caruaru (PE).
Haddad destacou que a valorização do dólar no ano passado, impulsionada pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, contribuiu para a pressão nos preços dos alimentos. No entanto, segundo o ministro, a moeda já começou a perder força. “O dólar chegou a R6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$5,77. Isso colabora para a redução dos preços dos alimentos no médio prazo”, explicou.
O ministro também citou a expectativa de uma safra recorde em 2025 como fator que ajudará a normalizar os preços dos alimentos. “A partir de março, vamos colher uma safra como nunca antes. Além disso, o ciclo do boi está no final, o que também contribuirá para a estabilização”, afirmou.
Haddad ainda reforçou a política de valorização do salário-mínimo como uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele lembrou que, após sete anos de congelamento durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o salário-mínimo foi reajustado de R$ 1.100 para R$ 1.518 nos últimos dois anos. “Não é possível corrigir sete anos de má administração em dois, mas o presidente Lula já iniciou uma política consistente de valorização do salário-mínimo”, disse.
O ministro concluiu afirmando que o governo continuará adotando medidas para melhorar o poder de compra da população, como a correção da tabela do Imposto de Renda, a redução do dólar e o incentivo à produção agrícola. “Todas essas ações visam combater os preços altos e garantir melhores condições para os trabalhadores”, finalizou.