Decisão foi aprovada pelo diretório nacional do partido e entra em vigor a partir de 2026.
O Cidadania anunciou, nesta segunda-feira (17), o fim da federação com o PSDB. A decisão foi aprovada pelo diretório nacional do partido em votação realizada em Brasília e valerá a partir de 2026. O anúncio marca o encerramento de uma aliança que durou cerca de quatro anos, desde que os partidos formalizaram a união em 2022.
O presidente do Cidadania, Comte Bittencourt, afirmou que a decisão foi tomada após uma avaliação cuidadosa da conjuntura política e das perspectivas futuras do partido. “Chegamos à conclusão de que é o momento de seguir caminhos separados. O Cidadania continuará defendendo seus princípios e trabalhando para ampliar sua representatividade no cenário político nacional”, declarou.
Contexto da federação
A federação entre Cidadania e PSDB foi formalizada em 2022, com o objetivo de fortalecer a atuação de ambas as legendas no cenário político. A união permitiu que os partidos compartilhassem estrutura, recursos e candidaturas em eleições proporcionais, além de ampliar sua influência no Congresso Nacional.
No entanto, nos últimos anos, divergências internas e diferenças estratégicas levaram a debates sobre a continuidade da federação. A decisão de encerrar a parceria foi tomada após consultas às bases e aos dirigentes estaduais do Cidadania.
Impactos e próximos passos
Com o fim da federação, o Cidadania terá que reorganizar sua estrutura partidária e definir novas estratégias para as eleições de 2026. O partido já anunciou que buscará ampliar sua autonomia e reforçar sua identidade programática, focando em temas como empreendedorismo, inovação e desenvolvimento sustentável.
Já o PSDB, que também passa por um processo de reestruturação interna, terá que se adaptar à nova realidade sem a aliança com o Cidadania. A legenda tucana tem buscado se reposicionar no cenário político após uma série de derrotas eleitorais nos últimos anos.
Reações políticas
A decisão do Cidadania foi recebida com cautela por aliados e adversários. Alguns analistas avaliam que o fim da federação pode abrir espaço para novas alianças e movimentos no espectro político brasileiro. Outros destacam que a separação reflete a fragmentação partidária e a busca por identidades mais definidas no atual cenário.
O Cidadania afirmou que continuará dialogando com outras forças políticas, mas priorizará sua independência e autonomia. “Estamos abertos ao diálogo, mas nosso foco será fortalecer o Cidadania como uma alternativa moderna e propositiva para o país”, concluiu Bittencourt.
A partir de 2026, as duas legendas seguirão caminhos separados, encerrando um capítulo de colaboração que marcou a política brasileira nos últimos anos.
Com informações de CartaCapital