*Destaque, Brasil, Política Pesquisa Quaest: Mercado desaprova Lula, piora avaliação de Haddad e aprova gestão de Galípolo no BC

Um levantamento realizado pela Genial/Quaest, divulgado nesta quarta-feira (19), revela que agentes do mercado financeiro avaliam negativamente a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pioram a avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e aprovam o trabalho de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central (BC). A pesquisa ouviu 106 fundos de investimentos com sede em São Paulo e Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 17 de março, com margem de erro de 3,4 pontos percentuais.

Avaliação do governo Lula

A pesquisa aponta que 88% dos entrevistados avaliam o governo Lula como negativo, enquanto apenas 4% consideram positivo e 8% avaliam como regular. Os principais motivos para a desaprovação incluem a alta nos preços dos alimentos (64%), equívocos na política econômica (56%), aumento de impostos (41%) e violência urbana (36%). Apenas 7% dos entrevistados defendem a política econômica atual, enquanto 93% acreditam que ela está na direção errada.

Queda na avaliação de Haddad

A avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, piorou significativamente desde a última pesquisa, realizada em dezembro de 2024. Agora, 58% dos entrevistados avaliam seu trabalho como negativo, contra 24% na pesquisa anterior. A avaliação positiva caiu de 41% para 10%, enquanto 32% consideram regular. Além disso, 85% dos entrevistados acreditam que a influência de Haddad dentro do governo diminuiu.

Aprovação de Galípolo no BC

Em contraste, a gestão de Gabriel Galípolo no Banco Central é bem avaliada pelos agentes do mercado. 45% dos entrevistados consideram sua atuação positiva, 41% avaliam como regular e apenas 8% como negativa. A maioria dos entrevistados (49%) acredita que a gestão de Galípolo é semelhante à de seu antecessor, Roberto Campos Neto, enquanto 20% consideram melhor. No entanto, 28% afirmam que ainda é cedo para avaliar.

Expectativas para a economia

Os agentes do mercado financeiro demonstram pessimismo em relação ao futuro da economia brasileira. 83% acreditam que a economia vai piorar nos próximos 12 meses, enquanto 58% consideram que o país pode entrar em recessão ainda em 2025. Além disso, 82% esperam que a inflação termine o ano acima dos níveis de 2024, e 87% preveem que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará a taxa Selic em 1 ponto percentual.

Lula e a eleição de 2026

A pesquisa também abordou as expectativas em relação à eleição presidencial de 2026. 60% dos entrevistados acreditam que Lula será candidato à reeleição, enquanto 66% não o consideram o favorito para vencer o pleito. Apenas 27% veem Lula como favorito, e 7% não souberam responder.

Conclusão

O levantamento da Genial/Quaest reflete o cenário de desconfiança e pessimismo do mercado financeiro em relação à política econômica do governo Lula. Enquanto a gestão de Galípolo no BC é vista com otimismo, a avaliação negativa de Lula e Haddad sugere desafios significativos para a administração federal nos próximos meses. A expectativa de recessão e o aumento da inflação reforçam a percepção de que a economia brasileira enfrenta um período de incertezas.

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