Ministro da Fazenda afirma que medida será financiada por quem ganha mais e nega acusações de populismo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a proposta de isenção do Imposto de Renda para faixas de menor renda e rebateu críticas de que a medida seria “populista”. Em declarações à imprensa nesta quinta-feira (20), Haddad afirmou que a extrema-direita não terá argumentos consistentes para se opor à proposta, uma vez que a conta da isenção será paga por aqueles que recebem mais.
“A isenção do Imposto de Renda para as faixas de menor renda é uma medida justa e necessária. Quem vai pagar por isso são os que ganham mais, em um sistema que busca reduzir a desigualdade e aliviar a carga tributária sobre os mais pobres”, explicou o ministro.
Medida busca reduzir desigualdade
A proposta do governo visa isentar do Imposto de Renda pessoas com rendimentos de até R$ 2.824 por mês, o que beneficiaria milhões de brasileiros. Haddad destacou que a medida faz parte de um conjunto de políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade social e a promoção da justiça fiscal.
“Não se trata de populismo, mas de uma política econômica responsável e alinhada com os princípios de justiça social. A isenção vai injetar mais recursos na base da pirâmide, aquecendo o consumo e fortalecendo a economia”, argumentou.
Rebate às críticas da oposição
Haddad também respondeu às críticas de setores da oposição, principalmente da extrema-direita, que acusam o governo de adotar medidas populistas em um ano eleitoral. O ministro afirmou que a proposta é técnica e baseada em estudos que comprovam seu impacto positivo na economia e na vida das famílias de baixa renda.
“Mesmo a extrema-direita não terá argumento para não aprovar essa medida. É uma proposta que beneficia quem mais precisa e é financiada por quem tem mais condições de contribuir. Não há como se opor a isso sem ferir os princípios básicos da justiça fiscal”, disse Haddad.
Financiamento da medida
O ministro explicou que a isenção será compensada por um aumento na tributação sobre as faixas de maior renda e por medidas de combate à sonegação fiscal. Segundo ele, o governo tem trabalhado para ampliar a arrecadação de forma justa, sem sobrecarregar os contribuintes de menor renda.
“Estamos fechando o cerco contra a sonegação e promovendo uma reforma tributária que torne o sistema mais justo. Quem ganha mais deve contribuir mais, e é isso que estamos fazendo”, afirmou.
Próximos passos
A proposta de isenção do Imposto de Renda ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Haddad expressou confiança de que a medida será bem recebida pelos parlamentares, independentemente de sua orientação política.
“Acreditamos que o Congresso entenderá a importância dessa medida para a economia e para a vida dos brasileiros. É uma proposta que une justiça social e responsabilidade fiscal”, concluiu o ministro.
A discussão sobre a isenção do IR promete ser um dos temas centrais do debate político nas próximas semanas, com o governo buscando apoio para sua aprovação e a oposição avaliando os impactos da medida. Enquanto isso, milhões de brasileiros aguardam ansiosos por uma possível redução na carga tributária.
Com informações de CartaCapital.