O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a senadores da base governista, em reunião na noite de quarta-feira (2/4), que se prepara para disputar a reeleição em 2026. O encontro ocorreu na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e marcou o retorno do petista à articulação política direta com o Congresso.
Preparação e saúde
Segundo participantes da conversa, Lula foi enfático ao declarar que, “tendo saúde, é candidato”. O presidente, que completará 80 anos em outubro de 2025, destacou estar cuidando da forma física: “Está forte e com plenas condições”, relatou um senador sob anonimato. O comentário reforça a disposição de Lula em buscar um quarto mandato, mesmo diante de pesquisas recentes que mostram 62% dos brasileiros contrários à sua candidatura (Genial/Quaest, março/2025).
Estratégia política
O deslocamento até o Senado – gesto incomum para um presidente em exercício – foi interpretado como tentativa de reforçar laços com a base aliada, especialmente com parlamentares que também disputarão a reeleição em 2026. Lula fez uma avaliação de seu governo, criticou a política de juros do Banco Central e minimizou a queda recente em sua popularidade, classificando-a como “conjuntural”.
Contexto desafiador
A declaração ocorre em um momento de:
- Aprovação em queda: 56% avaliam que o país está no rumo errado (Quaest);
- Crise econômica percebida: 56% acham que a economia piorou no último ano;
- Disputa eleitoral acirrada: pesquisas mostram empate técnico com Bolsonaro em cenários de segundo turno.
Próximos passos
A equipe de Lula deve intensificar a articulação com partidos aliados nos próximos meses, enquanto o Planalto trabalha para reverter indicadores negativos, especialmente na economia. A decisão final sobre a candidatura, no entanto, só deve ser formalizada em 2026, após avaliação do cenário político e de saúde do presidente.
(Com informações do g1)
