O dólar comercial registrou forte queda nesta quinta-feira (3), atingindo o menor patamar em quase seis meses, após a imposição de novas tarifas de importação pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. A moeda norte-americana fechou a R$ 5,629, recuando 1,23% em relação ao dia anterior. Durante o dia, chegou a cair para R$ 5,59, menor valor desde 14 de outubro de 2024.
Enquanto isso, a Bolsa de Valores brasileira resistiu à queda global e encerrou o dia praticamente estável. O Ibovespa, principal índice da B3, recuou apenas 0,04%, fechando em 131.141 pontos, após oscilações ao longo do pregão. O desempenho contrastou com o forte tombo das bolsas internacionais, como as de Nova York, onde o Dow Jones caiu 3,98%, o Nasdaq recuou 5,97% e o S&P 500 perdeu 4,84%.
Impacto das tarifas de Trump
As medidas anunciadas pelo governo norte-americano impuseram sobretaxas de 10% para produtos da América Latina, 20% para a Europa e em média 30% para a Ásia. A decisão gerou instabilidade nos mercados globais, mas, no Brasil, a moeda local se valorizou, com investidores interpretando que o impacto sobre a região foi menor do que o esperado.
O euro, por sua vez, subiu 0,35%, fechando cotado a R$ 6,20. Analistas avaliam que os fluxos de capital buscaram refúgio em mercados emergentes, como o brasileiro, diante da perspectiva de menor impacto direto das tarifas sobre a economia local.
Com a queda desta quinta, o dólar acumua desvalorização de 8,91% em 2025. O cenário segue sob monitoramento, com possíveis ajustes conforme as reações internacionais às medidas protecionistas de Trump.
Com informações da Agência Reuters