*Destaque, Notícias Gerais, Política Polarização da América Latina é evidenciada na 9º Cúpula da Celac

Influência de Donald Trump força Celac a terminar evento sem declaração de consenso

Na quarta-feira (9), ocorreu a 9º Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras. O resultado foi uma declaração final assinada por 30 dos 33 países membros do grupo, sendo que os governos os quais não aderiram ao documento foram os da Argentina, Paraguai e Nicarágua. Afinal, o motivo da rejeição dos dois primeiros países é sua relação com o governo dos Estados Unidos, uma vez que, o texto da Celac condenava medidas unilaterais que contrariam o direito internacional, principalmente relacionado ao comércio. Ou seja, a maioria do grupo latino, sem citar o nome de Donald Trump, mostrou sua contrariedade com os movimentos tarifários do presidente americano.

Polarização

A principal figura latina que está conduzindo uma visão mais à direita na região é Javier Milei, da Argentina, especialmente dentro do bloco econômico do Mercosul, presidido pelo seu governo. Por exemplo, já foi informado a paralisação de pautas sociais, de direitos humanos, e outros que desagradam aos argentinos, pois com a regra do consenso é importante a aderência de todos às medidas. Além disso, Milei faz várias ameaças de negociar um acordo de livre comércio com os EUA, que é contra as regras internas do bloco.

Outro ponto de alerta são as novas eleições da região: no próximo domingo, o Equador irá às urnas com uma disputa entre Daniel Noboa, aliado de Trump, e Luiza González, mais adepta aos outros membros da Celac. Enquanto no segundo semestre de 2025, as eleições serão na Bolívia e no Chile. A importância desses resultados será fundamental para descobrir qual espectro político da região terá mais força.

Imagem: Reprodução/Celac.

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