*Destaque, Brasil, Política “Não é festa, é luta”: Marina Silva reforça urgência climática em preparação para COP30

Ministra do Meio Ambiente destaca necessidade de transição justa dos combustíveis fósseis durante evento em Brasília; Sônia Guajajara ressalta papel indígena nas soluções climáticas

Em discurso contundente no simpósio Conectando Clima e Natureza, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou nesta terça-feira (15) para a urgência de um plano global que acelere a substituição de combustíveis fósseis por energias renováveis. O evento antecede a COP30, que será sediada em Belém (PA) em 2025, e reuniu especialistas e lideranças, incluindo a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

Os principais pontos da fala de Marina Silva:

  • Transição planejada: “Precisamos nos planejar para o fim dos combustíveis fósseis. Se não, seremos arrastados pelas mudanças – e já estamos sendo”, afirmou, citando os eventos climáticos extremos (secas, tempestades e incêndios) que afetam o planeta.
  • COP30 como marco: A ministra destacou que a conferência em Belém não será um evento celebratório, mas um espaço de negociações duras: “É luta, não festa. Vivemos uma pedagogia do luto e da dor, com ameaças ao multilateralismo”.
  • Meta de 1,5ºC em risco: Lembrou que o planeta já atingiu 1,5°C acima dos níveis pré-industriais em 2024, ultrapassando um limite crítico do Acordo de Paris.

O papel dos povos indígenas

A ministra Sônia Guajajara reforçou a necessidade de incluir conhecimentos tradicionais nas políticas climáticas:

  • “A Amazônia não é biodiversa por acaso: foi construída pelos povos originários ao longo de milênios”, disse, defendendo maior protagonismo indígena nas decisões globais.
  • Citou o Acordo de Paris, que reconhece oficialmente o saber tradicional como base para soluções climáticas.

Contexto: o desafio da COP30

O Brasil assumirá a liderança das negociações na COP30, pressionado por:

  • Compromissos das NDCs: Países precisam apresentar metas mais ambiciosas de redução de emissões.
  • Crise climática: Em 2024, o mundo registrou recorde de temperaturas e desastres ambientais.
  • Pressão por financiamento: Nações pobres e emergentes exigem recursos para a transição energética.

Próximos passos: O governo federal deve detalhar nos próximos meses o plano para a COP30, que incluirá debates sobre bioeconomia, financiamento verde e direitos indígenas.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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