A divulgação dos efeitos milagrosos do remédio esteve em seu auge em 2024, quando era falado por Influencers e outras celebridades redes sociais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornará obrigatório a retenção de receita médica para efetivar a venda de medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda, Mounjaro e outros. A decisão comunicada nesta quarta-feira (16) passará a valer 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União (DOU), e também, altera a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 471/2021, a qual refere-se à prescrição e controle de medicamentos.
Esses fármacos, mesmo que tenham a tarja vermelha, sinalizando que a venda deles é exclusivamente com a apresentação do receituário médico, é comum que a compra se efetive mesmo com a ausência do pedido. Por isso, a medida do órgão foi mais extrema, além de ser embasada em uma carta do Conselho Federal de Medicina (CFM), a qual afirmava a preocupação desses profissionais com o descontrole ao acesso desses medicamentos.
Afinal, a própria bula do remédio Ozempic, criado para o diabetes, mas popularizado como “caneta emagrecedora” – por inibir o apetite, e por consequência, reduzir o peso -, avisa que há a possibilidade de contrair pancreatite como efeito colateral grave, enquanto as consequências mais “amenas”, são: diarreia, fraqueza, sensação de indigestão e outros sintomas.
Os números
De acordo com informações partilhadas pelo veículo Poder360, baseadas em uma pesquisa da Pharmaceutical Market Brazil, em 2024:
- foram vendidas 3 milhões de unidades de Ozempic no Brasil;
- e a indústria farmacêutica arrecadou R$ 4 bilhões com esses medicamentos.
Fonte: G1 e Poder360.
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