Militares terão 30 dias para deixar o serviço após decisão que veta presença de transgêneros nas tropas
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou, na quinta-feira (9), a retirada de cerca de 1 mil militares transgêneros das Forças Armadas. A ação ocorre após a Suprema Corte autorizar a implementação de uma ordem executiva assinada pelo ex-presidente Donald Trump no fim de janeiro. A diretriz também determina que militares diagnosticados com disforia de gênero — incongruência entre identidade de gênero e sexo de nascimento — que não se declararam publicamente terão 30 dias para deixar o serviço militar voluntariamente.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou em vídeo nas redes sociais que o governo começará a aplicar a ordem. “Implementaremos a ordem do presidente. Ela foi desafiada nos tribunais, mas recorremos e a Suprema Corte nos autorizou”, disse. O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, também confirmou que já está em andamento o processo de desligamento voluntário.
Na decisão tomada na terça-feira (6), a Suprema Corte liberou o governo a restringir a participação de pessoas trans nas Forças Armadas. Com isso, o Pentágono anunciou que buscaria prontuários médicos para localizar oficiais diagnosticados com disforia de gênero que não tenham se declarado oficialmente.
Segundo a CNN Internacional, até dezembro do ano passado havia 4.240 militares com esse diagnóstico em serviço ativo, na Guarda Nacional e na reserva.
Com informações da CNN Internacional
Foto: AFP