*Destaque, Goiás, Notícias Gerais Trindade admite não ter condições de pagar subsídio do transporte coletivo e questiona critérios da cobrança

Prefeito propõe alternativas para minimizar os impactos financeiros

A Prefeitura de Trindade comunicou oficialmente à Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e à Secretaria-Geral de Governo (SGG) que não tem condições financeiras para arcar com o valor integral do subsídio mensal do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia (RMTC).

No ofício enviado, o prefeito Marden Júnior (UB) propõe um repasse fixo temporário de R$ 100 mil mensais e questiona os critérios usados para o rateio do complemento tarifário entre os municípios da RMTC, pedindo uma revisão da metodologia que determina a cota de cada cidade.

Segundo o prefeito, a parcela que cabe a Trindade, equivalente a 2,13% do custo total, representa cerca de R$ 1 milhão por mês, além de uma dívida acumulada de R$ 12 milhões — valores considerados inviáveis para o município na atual situação financeira.

Marden Júnior destaca que Trindade é desproporcionalmente afetada pelo modelo atual, mesmo fazendo parte da rede metropolitana. Ele compara com Senador Canedo, que tem população similar, mas capacidade de arrecadação duas vezes maior, e critica o fato de o critério populacional ser insuficiente para garantir justiça no rateio.

O prefeito também solicitou acesso aos estudos técnicos que fundamentaram a distribuição das cotas e pediu prazo para que a equipe da prefeitura possa avaliar ou contestar o percentual atribuído ao município.

Como alternativa para ajudar a equilibrar as finanças, a prefeitura aposta na criação da Área Azul, atualmente em análise na Câmara Municipal. A expectativa é arrecadar entre R$ 100 mil e R$ 400 mil líquidos por mês a partir de setembro, recurso que poderá subsidiar o transporte coletivo.

Por fim, Marden defende urgência na discussão do tema e sugere uma solução provisória: o repasse fixo de R$ 100 mil mensais durante o período dos estudos solicitados.

O documento surge após notificação do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (SET), que apontou uma dívida acumulada de R$ 14,3 milhões de Trindade e alertou para o risco de suspensão de serviços e benefícios no transporte público local, como a extensão do BRT Leste-Oeste e o desconto da meia tarifa.

Com informações do Mais Goiás

Foto: Jucimar de Souza

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