Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta terça-feira (19/11), o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) criticou duramente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita na Câmara dos Deputados e propõe a redução da jornada semanal para 36 horas. A iniciativa também prevê a adoção de uma escala de trabalho 6×1, com manutenção dos salários.
“Essa proposta é vergonhosa. Como podemos pensar em reduzir a carga horária semanal para 36 horas em um país onde os empresários já enfrentam uma carga tributária altíssima? É como jogar gasolina no fogo. Isso vai levar empresas à falência e aumentar o desemprego no Brasil”, declarou.
Ribeiro também destacou a discrepância entre a proposta e a realidade econômica brasileira:
“Querem trazer essa ideia de países desenvolvidos, mas ignoram que nossa realidade é completamente diferente. Nos Estados Unidos, por exemplo, a cultura de trabalho é muito mais intensa. Aqui, precisamos de produtividade para sobreviver, e não de medidas que só privilegiam quem não quer trabalhar. Quem defende isso é malandro”, afirmou o parlamentar.
O deputado rebateu críticas que recebeu sobre a carga de trabalho de políticos, aproveitando para destacar sua rotina:
“Dizem que político não trabalha, mas eu passo de seis a sete dias por semana em agenda. Estou no interior ouvindo demandas, conversando com a população e defendendo o que acredito aqui na Alego. Não sou diferente de quem pega no pesado todo dia, e é por isso que não aceito essa proposta absurda.”
Ribeiro concluiu seu discurso com um apelo ao Congresso Nacional:
“Peço que nossos representantes no Congresso rejeitem essa PEC. Isso não ajuda o trabalhador e muito menos o empresário. Nosso país precisa de medidas que incentivem o crescimento econômico e a geração de empregos, não de projetos que só prejudicam quem quer produzir e contribuir para o desenvolvimento do Brasil.”