Medida busca proteger setor avícola e evitar avanço da Influenza Aviária no estado, que é o 4º maior produtor de aves do país
O Governo de Goiás decretou situação de emergência zoossanitária preventiva após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A decisão foi publicada no sábado (17) pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e tem validade de 180 dias.
Apesar de não haver casos confirmados da doença em Goiás, a medida visa reforçar ações de vigilância e contenção, diante do risco de avanço da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no país. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia prorrogado, em abril, a emergência zoossanitária nacional, vigente desde 2023, por mais 180 dias.
Segundo José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, a estratégia é essencial para proteger os plantéis goianos e preservar o setor produtivo. “Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossa economia com ações rápidas e coordenadas”, afirmou.
O estado ocupa o 4º lugar no ranking nacional de produção de aves e emprega mais de 240 mil pessoas no setor. Para Caixeta, manter Goiás livre da gripe aviária é fundamental para a segurança alimentar, sanidade animal e continuidade das exportações.
Primeiro caso
Na última quinta-feira (16), o Ministério da Agricultura confirmou a presença do vírus H5N1 em uma granja comercial de postura no Rio Grande do Sul. A confirmação foi divulgada oficialmente no dia seguinte.
A gripe aviária é uma doença infecciosa que pode afetar aves e mamíferos, inclusive humanos. O subtipo H5N1, altamente patogênico, vem sendo monitorado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde 2022, com registros em países como Argentina, Chile, Estados Unidos, México e, agora, Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, é a primeira vez que há uma persistência tão longa dos surtos em aves no continente.
Com informações do G1
Foto: Divulgação/Agrodefesa