*Destaque, Brasil, Política Após críticas a Michelle Bolsonaro, Wajngarten é demitido pelo PL

Wajngarten estava ao lado de Bolsonaro desde 2018

O advogado Fabio Wajngarten não faz mais parte da equipe de comunicação de Jair Bolsonaro. A demissão foi confirmada na terça-feira (21) e teria sido motivada por mensagens trocadas com Mauro Cid, em que o ex-assessor critica a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O conteúdo das conversas foi alvo de críticas entre aliados próximos do ex-presidente, que passaram a ver Wajngarten como “desleal” e “traidor”.

As mensagens, reveladas pelo portal UOL, mostram Wajngarten em concordância com Cid, quando este afirma preferir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma eventual candidatura de Michelle em 2026.

Apesar de Wajngarten ter sido um dos principais nomes da comunicação bolsonarista desde 2018, quando se juntou à campanha presidencial daquele ano, isso não suficiente para impedir a sua demissão pelo PL. Há a suspeita de que a saída do advogado teve o aval de Michelle.

Wajngarten esteve ao lado de Bolsonaro em diversos momentos. Quando o então candidato foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG), foi ele quem providenciou a transferência para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A atuação o aproximou da família e o levou, em 2019, ao comando da Secretaria Especial de Comunicação do governo.

Mesmo fora do governo, seguiu próximo e reassumiu o papel na campanha de reeleição em 2022. Com a derrota, permaneceu nos bastidores, atuando em crises como o sumiço de móveis no Palácio do Alvorada e nos inquéritos das joias sauditas e da tentativa de golpe.

Foi Wajngarten quem articulou a contratação de dois dos principais advogados envolvidos na defesa de Bolsonaro e de Braga Netto: Celso Vilardi e José Luís de Oliveira Lima. Mas nem o histórico de lealdade foi suficiente para segurá-lo após o vazamento das mensagens.

A demissão foi oficializada por Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Publicamente, o partido não deu detalhes sobre o motivo da saída, mas, nos bastidores, a pressão da ex-primeira-dama foi determinante.

Wajngarten também foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito das joias sauditas, o que marcou seu afastamento da equipe jurídica de Bolsonaro, em julho de 2024. Além disso, ele chegou a ser investigado, junto com o ex-presidente, no caso inusitado de “importunação de baleia”, quando Bolsonaro se aproximou de um animal marinho durante um passeio de jet-ski no litoral paulista. Esse processo foi arquivado em março deste ano.

Com informações da CNN

Foto: Brenno Carvalho e Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo

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