*Destaque, Brasil, Goiás, Política Caiado irá debater PEC da Segurança Pública, em Brasília

Audiência ocorre nesta quarta-feira (28), na Câmara dos Deputados

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), participa nesta quarta-feira (28), em Brasília, de uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, encaminhada pelo Governo Federal.

A audiência tem como objetivo ouvir governadores de diferentes regiões do país, já que as mudanças propostas pela PEC impactam diretamente os estados. Além de Caiado, que representa o Centro-Oeste, também participa da discussão o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), representando a região Norte.

No requerimento aprovado pela CCJ, a presença de governadores é considerada “indispensável” para garantir uma análise plural sobre o tema. A proposta está em tramitação na própria comissão e será relatada por Mendonça Filho (União-PE), colega de partido de Caiado.

Conhecido por seu posicionamento, Caiado tem sido um dos principais críticos da PEC. Em entrevista recente à CNN, ele classificou a proposta como “completamente inconstitucional”, alegando que a medida fere a prerrogativa dos governadores de definirem suas próprias políticas de segurança pública, garantida pela Constituição de 1988.

“A crítica que faço é que a Constituição de 1988 deu a nós, governadores, a prerrogativa de definirmos a nossa política de segurança. Ele [o governo federal] revoga esse direito”, afirmou o governador.

Enquanto isso, Helder Barbalho ainda não se manifestou publicamente contra a proposta.

De acordo com o governo federal, a PEC não pretende interferir no comando das polícias estaduais, mas busca criar diretrizes nacionais e fortalecer a atuação conjunta entre União, estados e municípios. O texto também prevê a elevação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) ao nível constitucional, além de uma série de mudanças estruturais.

Entre os principais pontos da PEC estão:

  • Inclusão das guardas municipais como órgãos de segurança pública;
  • Transformação da Polícia Rodoviária Federal em Polícia Viária Federal, com atuação também em hidrovias e ferrovias;
  • Fortalecimento da Polícia Federal no combate a crimes ambientais;
  • Ampliação dos Fundos Nacional de Segurança Pública e Penitenciário;
  • Participação da sociedade civil no Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social;
  • Criação de corregedorias e ouvidorias autônomas para fiscalizar a atuação dos agentes de segurança pública.

Além de Caiado e Barbalho, outros quatro governadores também foram convidados a debater o tema em audiências futuras: Eduardo Leite (RS), Cláudio Castro (RJ), Jerônimo Rodrigues (BA) e Raquel Lyra (PE).

A expectativa é que a discussão ganhe força nas próximas semanas. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que “fará tudo” para que a proposta avance no Congresso.

Enquanto isso, Caiado sinaliza que pretende atuar fortemente para impedir a aprovação do texto da forma como está.

Com informações da CNN

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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