*Destaque, Política Cientistas da FDA nos EUA recebem lista de palavras proibidas; “mulher” e “idosos” estão entre os termos vetados

Em meio a uma série de ordens executivas emitidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vão desde a imposição de tarifas comerciais até o levantamento de sanções contra colonos israelitas, uma nova diretriz tem chamado a atenção: cientistas da Food and Drug Administration (FDA) foram instruídos a evitar o uso de certas palavras em comunicações externas. Entre os termos proibidos estão “mulher”, “idosos”, “trans” e “identidade de gênero”, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters.

De acordo com dois cientistas da FDA que falaram sob condição de anonimato, uma lista de “palavras proibidas” circulou em grupos de trabalho oficiais há pelo menos uma semana. O documento, revisado pela Reuters, não trazia explicações sobre o motivo da proibição, mas incluía termos como “sub-representado”, “sexo”, “diverso”, “ideologia” e “pessoas com deficiência”. A medida gerou perplexidade entre os funcionários da agência, que regulamenta e promove a saúde pública nos EUA.

Um porta-voz da Casa Branca respondeu às críticas afirmando que a maioria das palavras da lista não precisaria ser removida das comunicações oficiais. Ele sugeriu que os funcionários da FDA podem ter interpretado mal a ordem executiva de Trump, que visa combater o que o presidente descreve como “ideologia de gênero”. No entanto, o porta-voz reforçou que termos como “gênero”, “trans”, “inclusão” e “identidade” devem ser evitados para alinhar-se à diretriz presidencial.

A medida ocorre em um contexto de intensa atividade executiva de Trump, que tem assinado decretos com frequência na Sala Oval da Casa Branca. Enquanto isso, a proibição de palavras como “mulher” e “idosos” levanta preocupações sobre o impacto na comunicação científica e no acesso à informação relacionada à saúde pública. Especialistas temem que a restrição de termos essenciais possa dificultar a discussão de temas sensíveis e a elaboração de políticas públicas inclusivas.

A FDA ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas a lista de palavras proibidas já está gerando debates sobre liberdade de expressão e a influência de decisões políticas na ciência e na saúde.

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