*Destaque, Goiás, Notícias Gerais Diferença salarial entre homens e mulheres diminui, mas ainda persiste em Goiás

Relatório revela que, apesar da queda nacional, os homens continuam ganhando mais que as mulheres no Estado. Desafios para a igualdade permanecem.

Um estudo divulgado pelo Governo Federal, na última semana, por meio do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios aponta que a diferença salarial entre homens e mulheres em Goiás diminuiu, mas ainda é persistente. Segundo os dados, os homens continuam recebendo, em média, mais do que as mulheres, embora os números tenham caído nos últimos anos.

Desde a última edição da pesquisa, realizada em setembro de 2024, a diferença salarial entre homens e mulheres em Goiás apresentou uma leve redução de 0,15 ponto percentual. No ano passado, os homens ganhavam, em média, 22,7% a mais que as mulheres. Atualmente, essa defasagem é de 22,55%.

Apesar da pequena queda, a desigualdade ainda é expressiva. Segundo o relatório, as mulheres em Goiás recebem, em média, R$ 2.999,13, enquanto os homens têm uma média salarial de R$ 3.872,35. Isso acontece, especialmente, em áreas com maior predominância masculina como engenharia e tecnologia da informação

Mulheres negras ganham menos

Mesmo entre as próprias mulheres, a desigualdade persiste: mulheres negras ganham, em média, 38% a menos que mulheres não negras. Os dados do Relatório de Transparência mostram que a remuneração média das mulheres negras é de R$ 2.864,39, enquanto as mulheres não negras recebem, em média, R$ 4.661,06.

No estado de Goiás, mulheres negras ganham, em média, R$ 2.659,43, e mulheres não negras recebem R$ 3.804,11, uma diferença de 30,1%.

Esses dados refletem a interseção de desigualdades de gênero e raça, o que indica que as mulheres negras enfrentam barreiras adicionais no mercado de trabalho. A concentração em cargos de menor remuneração e a menor presença em posições de liderança são fatores que contribuem para essa disparidade. Elas são frequentemente empurradas para funções mais precárias, com menos benefícios e menor valorização.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Compartilar
Facebook
Compartilhar
LinkedIn
WhatsApp
Email
Telegram
Facebook

Artigos Relacionados