A ex-presidente Dilma Rousseff foi reeleita para continuar à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos BRICS, durante o Fórum de Desenvolvimento da China, realizado neste domingo (23/03) em Pequim. A recondução, que teve o aval do presidente russo Vladimir Putin, mantém Dilma no comando da instituição desde abril de 2023.
Apoio político e reconhecimento
A indicação para o novo mandato partiu da Rússia, um dos países fundadores do bloco (ao lado de Brasil, Índia, China e África do Sul). A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, celebrou a recondução em suas redes sociais:
“Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos BRICS vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”, escreveu no X (antigo Twitter).
O papel do Banco dos BRICS
Criado em 2014, o NBD tem como objetivo financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros e em outras nações emergentes. Desde que assumiu a presidência, Dilma ampliou a atuação do banco, com novos investimentos em energia renovável, transporte e conectividade digital.
Sob sua gestão, o banco também expandiu sua carteira de membros, incluindo nações como Egito, Emirados Árabes Unidos e Bangladesh, reforçando o papel do BRICS como uma alternativa às instituições financeiras tradicionais, como FMI e Banco Mundial.
Contexto geopolítico
A reeleição de Dilma ocorre em um momento de tensões globais, com a Rússia enfrentando sanções ocidentais devido à guerra na Ucrânia e o BRICS buscando maior autonomia financeira. O apoio de Putin reforça a estratégia do bloco de fortalecer instituições próprias e reduzir a dependência do dólar em transações internacionais.
Próximos passos
Dilma deve permanecer no cargo por mais dois anos, com a missão de ampliar os financiamentos para projetos estratégicos nos países-membros e consolidar o banco como uma alternativa viável ao sistema financeiro liderado pelos EUA e Europa.
A ex-presidente brasileira tem destacado que o NBD é uma ferramenta para reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento sustentável, alinhado aos objetivos do BRICS+, que busca incluir mais países emergentes em sua estrutura.
A decisão foi bem recebida por governos aliados, que veem na continuidade de Dilma uma garantia de estabilidade e crescimento para o banco.
Com informações de agências internacionais.