O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protagonizaram uma troca de farpas nas redes sociais na noite de quinta-feira (13). Em longos textos, os dois políticos trocaram acusações sobre a situação da cidade e a atuação de cada um na política.
Flávio Bolsonaro iniciou a discussão ao criticar a gestão de Paes na capital fluminense, afirmando que o prefeito é “nervosinho” e que sua administração se resume à “maquiagem” e “perfumaria”. O senador ainda questionou o investimento da prefeitura em segurança pública e apontou problemas como congestionamentos, transporte público deficiente e aumento da desordem urbana.
“A Guarda Municipal tá largada, orientada pra dar porrada em trabalhador e multar motorista, ao invés de qualificá-la e armá-la para atuar em complemento às polícias estaduais. Quanto você investiu em segurança pública nos seus 13 anos de governo?”, escreveu Flávio.
O senador também criticou a ligação de Paes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o acusou de apoiar políticas que enfraquecem o combate ao crime. Em tom provocativo, sugeriu que o prefeito “chamasse a polícia” durante um eventual show da cantora Lady Gaga para evitar tumultos.
Em resposta, Eduardo Paes não poupou críticas ao senador, chamando-o de “rei da rachadinha” e ironizando a compra de sua mansão com supostas transações financeiras suspeitas.
“Provavelmente falando desde sua mansão de milhões de reais comprada com chocolate da Kopenhagen. Não tô falando da polícia, não. Tô falando dos dois governadores que você elegeu aqui no Rio: Wilson Witzel e Cláudio Castro!”, escreveu Paes.
O prefeito também criticou a interferência do grupo político de Flávio na segurança do estado e desafiou o senador a disputar o governo do Rio de Janeiro em 2026.
“Acho que você devia largar essa ‘proteção’ do mandato de senador e vir disputar o governo do Estado. Para de terceirizar e vem enfrentar a disputa contra o candidato que vou apoiar. Tá com medo? Duvido você ter coragem”, provocou Paes.
A discussão acalorada entre os dois políticos reforça o embate entre grupos opostos na política do Rio de Janeiro e deve influenciar o cenário eleitoral dos próximos anos.