Despacho da 5ª Vara Criminal determina envio de apuração ao TJGO, que deve analisar o foro de prerrogativa de função do prefeito Márcio Corrêa (PL)
A juíza Marcela Caetano, da 5ª Vara Criminal de Anápolis, determinou que o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) avalie se o prefeito Márcio Corrêa (PL) pode ser investigado no caso conhecido como Anápolis Na Roda. Essa decisão foi tomada devido ao foro especial de prerrogativa de função, e o despacho encaminha os autos e anexos ao TJGO para análise.
De acordo com o conteúdo divulgado pelo Anápolis Diário, a juíza apontou “indicativos” de que tanto o foro privilegiado quanto a relação com os investigados Luís Gustavo Rocha, Denilson Boaventura e Ellysama Aires justificariam essa remessa.
Entenda o caso
As investigações apontam para possível envolvimento direto do prefeito no esquema. O caso teve início com a operação Máscara Digital, em 16 de maio, que prendeu temporariamente o então secretário de Comunicação, Luís Gustavo Souza Rocha, o jornalista Denilson Boaventura e Ellysama Aires Lopes de Almeida. Os três foram soltos no mesmo dia.
O Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Anápolis encaminhou à juíza a representação com os indícios contra o prefeito. Durante a análise de mensagens extraídas do celular de Luís Gustavo, surgiram conversas atribuídas a Márcio Corrêa em um grupo de WhatsApp chamado “Café com Pimenta”.
Em uma das mensagens, o prefeito supostamente teria incentivado publicações de ataques a adversários políticos. “Bora soltar essa no Anápolis na roda 3”, escreveu em uma das mensagens. Segundo a polícia, essa fala indica possível instigação ou orientação para divulgar conteúdos difamatórios, reforçando a suspeita de crimes como injúria, difamação, perseguição, falsa identidade e associação criminosa.
Com informações do Anápolis Diário
Foto: Guilherme Alves/Jornal Opção
