*Destaque, Brasil, Política Bolsonaro deveria estar dizendo ‘sou inocente’, e não pedindo anistia, diz Lula sobre denúncias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em entrevista à Rádio Tupi do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (20), que o pedido de anistia feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em meio às denúncias de suposta trama golpista é, em sua visão, uma confissão de culpa. Lula defendeu que Bolsonaro deveria estar afirmando sua inocência, em vez de buscar o perdão.

“As pessoas que ficam querendo antecipar uma discussão sobre anistia estão se acusando. Quando o ex-presidente fica pedindo anistia, está provando que é culpado, que cometeu crime. Ele deveria estar falando ‘vou provar minha inocência'”, disse Lula.

O presidente fez duras críticas ao ex-presidente, afirmando que o pedido de anistia seria uma admissão de culpa. “Ele [Bolsonaro] deveria estar dizendo ‘sou inocente, vou provar minha inocência’. Mas está pedindo anistia. Ou seja, ele está dizendo: ‘Gente, eu sou culpado. Tentei bolar um plano para matar o Lula, o Alckmin, o Alexandre de Moraes, não deu certo porque tive uma diarreia, fiquei com medo, tive que voar para os Estados Unidos'”, ironizou Lula.

Lula também reforçou a importância do direito à ampla defesa e ao contraditório, princípios que ele mesmo defendeu durante seu processo na Operação Lava Jato, em 2018. “O processo vai mostrar que a Justiça é verdadeiramente para todos”, afirmou.

Denúncias da PGR
Na terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas por suposta participação em uma trama golpista entre 2021 e janeiro de 2023, com o objetivo de impedir a derrota de Bolsonaro nas eleições e a posse de Lula. O caso deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em 2025.

Parte das investigações foi embasada pela delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, cujo depoimento foi tornado público pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos, na quarta-feira (19).

Lula tem se posicionado contra os pedidos de anistia, argumentando que o foco deveria ser a defesa da democracia e o respeito às instituições. O caso segue em análise, com expectativa de que o STF defina os próximos passos ainda este ano.

Com informações do g1.

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