Prefeito de Goiânia se diz contrariado com reajuste de R$ 9,89 para R$ 12,51
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, manifestou insatisfação com o aumento da tarifa técnica do transporte coletivo, que passou de R$ 9,89 para R$ 12,51, conforme decisão da Agência Goiana de Regulação (AGR). Em entrevista, Mabel afirmou que a Prefeitura não tem condições de arcar com o novo valor e sugeriu que o governo estadual assuma a diferença.
“Recebi contrariado, contrariado. Nós vamos sentar, reunir, avaliar outra vez. Eu pedi para o meu pessoal: temos que recalcular. Como é que pode subir quase 3 reais essa tarifa técnica?”, questionou o prefeito. “Nós não temos capacidade de pagamento disso. Ou o governo estadual vai ter que absorver, porque é ele quem comanda isso daí, ou então nós não temos muito o que fazer, porque ela é muito puxada. Não tem como absorver isso”, completou.
O reajuste da tarifa técnica representa um aumento de aproximadamente 26,5% apenas em 2025 e mais de 50% nos últimos três anos. Esse valor é repassado às empresas que operam o sistema de transporte coletivo e não é pago diretamente pelos usuários. A diferença entre a tarifa técnica e o valor cobrado dos passageiros (atualmente R$ 4,30) é coberta por meio de subsídios públicos.
Do total, 82,36% do valor do subsídio é dividido igualmente entre o Governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia, enquanto os demais municípios, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira, pagam o restante.
A decisão da AGR surpreendeu as prefeituras que compõem o consórcio de subsídio ao transporte metropolitano, que alegam não terem sido consultadas previamente. O prefeito Mabel destacou que a Prefeitura de Goiânia já enfrentava dificuldades financeiras, acumulando uma dívida de R$ 62 milhões com o sistema de transporte coletivo no início do ano.
Com informações da CBN Goiânia
Foto: Jackson Rodrigues/Jucimar de Souza
