*Destaque, Goiás, Política Ministério Público investiga fraudes em licitações na Secretaria de Saúde de Nerópolis

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizou uma operação na manhã desta terça-feira (28) para apurar suspeitas de fraudes em licitações na Secretaria Municipal de Saúde de Nerópolis. A ação contou com o cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão, em quatro cidades: Goiânia, Nerópolis, Jataí e Brasília.

Conforme as investigações, o esquema envolvia a manipulação de processos licitatórios e dispensas de licitação em áreas da saúde, como treinamento, consultoria, capacitação e palestras educativas. Entre os investigados está uma servidora pública da Secretaria de Saúde, apontada como líder do esquema.

Irregularidades identificadas

De acordo com o MP-GO, os empresários contratados não tinham qualificação técnica para prestar os serviços e possuíam vínculos de amizade e parentesco com a servidora pública envolvida. Um dos casos que chamou atenção foi o de uma pessoa não alfabetizada que venceu uma licitação para representar o município junto à Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa. A mesma pessoa também conseguiu um contrato relacionado à capacitação de cuidadores de pacientes acamados.

Os crimes investigados incluem organização criminosa, frustração do caráter competitivo de licitações, contratação indireta indevida, peculato, falsidade ideológica, falsidade material, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Medidas adotadas

Em nota, a Prefeitura de Nerópolis informou que está reforçando os controles internos da área da saúde, revisando processos e intensificando o monitoramento das licitações, com o objetivo de garantir mais transparência e eficiência na gestão pública.

A operação foi conduzida em parceria entre o Ministério Público de Goiás e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Os bens dos investigados foram bloqueados, mas os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Até o momento, as defesas dos suspeitos não foram localizadas para comentar o caso.

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