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*Destaque, Goiás, Política No aniversário de Goiânia e véspera das eleições, conheça os prefeitos que já geriram a cidade

Por: Jéssica Neves

Hoje, 24 de outubro, Goiânia celebra mais um aniversário, marcando 91 anos de uma trajetória de crescimento e administração pública sob diferentes lideranças. Desde sua fundação, a capital de Goiás passou por momentos históricos importantes, incluindo períodos de nomeação de prefeitos durante intervenções federais e estaduais, o golpe militar e o retorno à democracia. Cada prefeito contribuiu de forma única para o desenvolvimento da cidade, moldando-a em diferentes fases políticas e sociais.

Galeria de prefeitos

Venerando de Freitas Borges foi o primeiro prefeito de Goiânia, nomeado em novembro de 1935 pelo interventor e fundador Pedro Ludovico Teixeira. O anapolino teve dois mandatos: o primeiro durou até 1945, e o segundo, já eleito pelo PSD, de 1951 a 1955. Borges liderou a fundação de Goiânia e estruturou as primeiras bases da cidade.

Ismerino Soares de Carvalho assumiu interinamente a prefeitura de Goiânia por duas vezes, em 1945 e novamente em 1947, também nomeado por interventores. Filiado ao partido conservador União Democrática Nacional (UDN), manteve a continuidade do governo durante seu curto período de gestão.

Eurico Viana, também filiado ao PSD, foi o primeiro prefeito eleito diretamente, exercendo o mandato de 1947 até 1951. Em 1933, ano em que a cidade planejada para ser capital de Goiás foi fundada, Viana foi o engenheiro escolhido como superintendente geral de obras, participando de monumentos reconhecidos, como o Coreto da Praça Cívica e a Torre do Relógio.

Messias de Souza Costa, natural de Inhumas, teve um mandato breve, de pouco mais de um mês em 1955. Assumiu interinamente pelo PSD entre o fim do segundo mandato de Venerando de Freitas Borges e a posse do prefeito eleito João de Paula Teixeira Filho. Anteriormente presidente da Câmara Municipal, Messias concentrou sua administração na transição entre os dois governos, após uma confusão na contagem de votos no bairro de Campinas.

João de Paula Teixeira Filho tomou posse em 5 de março de 1955, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Derrotou Hélio Seixo de Brito na acirrada eleição de 1954. Nos primeiros anos de sua gestão, dedicou-se principalmente à construção de estradas, açudes e escolas nas áreas rurais e periféricas de Goiânia.

Jaime Câmera foi prefeito de Goiânia de 31 de janeiro de 1959 a 31 de janeiro de 1961, pelo PSD. Ele também foi o fundador do jornal O Popular, da Rádio Anhanguera, O Jornal de Brasília, da Televisão Anhanguera e de todo o complexo de comunicação Anhanguera.

Hélio Seixo de Brito, do partido UDN, governou a cidade de 1961 a 1966. Médico, também foi deputado estadual em Goiás e secretário estadual de Educação e Saúde.

Período do Golpe Militar e prefeitos nomeados

Com o golpe militar de 1964, a administração municipal de Goiânia passou a ser conduzida por prefeitos nomeados. Entre 1969 e 1975, Leonino Di Ramos Caiado, Manoel dos Reis e Silva e Rubens Vieira Guerra foram escolhidos pelos governadores estaduais para comandar a cidade.

Entre 1975 e 1982, Francisco de Freitas Castro, Índio do Brasil Artiaga Lima e Goianésio Ferreira Lucas enfrentaram os desafios de modernização da cidade, enquanto atuavam sob a pressão de um regime que limitava a autonomia local.

A redemocratização e novas lideranças

Com a redemocratização do Brasil, Goiânia voltou a ter eleições diretas. Em 1983, Nion Albernaz foi nomeado pelo governador Iris Rezende e depois foi eleito diretamente, sendo um dos prefeitos mais queridos da capital. Seu mandato se destacou entre 1989 e 1992 e novamente entre 1997 e 2000.

Joaquim Domingos Roriz e Daniel Antônio de Oliveira assumiram em momentos de transição política na década de 1980. Roriz, nomeado interventor, ficou no cargo entre 1987 e 1988, em um período de mudanças políticas no estado de Goiás.

Na década de 1990, o petista Darci Accorsi, pai de Adriana Accorsi, e no início dos anos 2000, Pedro Wilson Guimarães, também marcaram suas gestões com políticas públicas inclusivas e voltadas para o desenvolvimento social.

Iris Rezende, um dos maiores nomes da política goiana, teve múltiplos mandatos como prefeito. Ele governou a cidade de 1966 a 1969, voltando entre 2005 e 2010, e novamente de 2017 até o final de seu quarto mandato, deixando um legado marcante de obras e desenvolvimento em todas as regiões da capital.

Paulo Garcia, do PT, assumiu em 2010 após a saída de Iris Rezende, sendo reeleito e governando até 2016. Maguito Vilela, eleito em 2021 pelo MDB, teve um mandato breve, devido ao seu falecimento em janeiro daquele ano. Seu vice, Rogério Cruz, assumiu, mas não conseguiu se reeleger nas eleições de 2024, enfrentando uma grave crise política e financeira.

O futuro de Goiânia será decidido neste domingo

Com as eleições municipais marcadas para este domingo, o futuro de Goiânia será novamente decidido nas urnas. Os candidatos enfrentarão novos desafios, lidando com o legado dos ex-prefeitos e com as demandas da população em áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura. Goiânia continua crescendo, e a escolha do próximo prefeito será crucial para definir os rumos da cidade nos próximos anos.

Neste aniversário, Goiânia celebra não apenas sua história, mas também o poder da democracia e a importância de cada cidadão na construção de seu futuro. A eleição para a Prefeitura de Goiânia chega à reta final com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) intensificando o corpo a corpo para alavancar seus candidatos, em uma disputa acirrada. Sandro Mabel e Fred Rodrigues enfrentam-se nesse segundo turno. E, com a recente descoberta de fraude eleitoral relacionada ao curso superior de Fred Rodrigues e as últimas pesquisas, as previsões indicam que Mabel pode sair à frente. Porém, o resultado definitivo só será conhecido no domingo.

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