A Polícia Federal (PF) confirmou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os acusados estão figuras de alto escalão de seu governo, como os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de ministros e chefes das Forças Armadas.
A investigação aponta para a formação de uma organização criminosa que buscava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, violando o Estado Democrático de Direito. Documentos apreendidos, incluindo uma minuta golpista encontrada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sugerem a intenção de instaurar um Estado de Sítio e invalidar o resultado eleitoral. Provas adicionais, como anotações e mensagens trocadas por membros do grupo, reforçam as acusações de articulação para ações ilegais, incluindo a pressão sobre comandantes militares para apoiar o plano.
O caso também cita episódios como a omissão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, durante os atos de 8 de janeiro de 2023, e indicações de que membros das Forças Armadas chegaram a colocar tropas à disposição do plano golpista. Agora, os resultados do inquérito serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para os próximos passos no processo.
