*Destaque, Goiás, Política Prefeitura de Goiânia enfrenta desafio de reorganização administrativa e endividamento de R$ 3,4 bilhões

Em meio à crise financeira enfrentada pela capital, a dívida municipal, antes estimada em R$ 1,6 bilhão, foi elevada para R$ 3,4 bilhões. Diante desse cenário, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, anunciou uma série de medidas para reorganizar a administração pública e combater o desequilíbrio orçamentário. As ações incluem a transferência de secretarias para o Paço Municipal, cortes significativos em cargos comissionados e ajustes no funcionalismo público.

Mabel destacou que a dívida crescente, somada a um passivo de precatórios e ações judiciais, demanda ações rápidas e estruturantes. “Só neste ano, vencem R$ 370 milhões em dívidas. Quem fez, fez, mas agora é o contribuinte quem paga a conta. Precisamos reorganizar para garantir serviços essenciais à população”, afirmou.

Corte de gastos e reorganização administrativa

Entre as ações anunciadas, destaca-se a transferência de secretarias atualmente espalhadas por prédios alugados ou próprios para o Paço Municipal. Segundo o prefeito, a mudança reduz custos e melhora a integração entre os setores. “A estrutura do Paço comporta todas as secretarias, mas atualmente está mal utilizada. Vamos reorganizar para que os departamentos funcionem de forma mais eficiente”, explicou.

Além disso, o prefeito revelou que reduziu o número de cargos comissionados no gabinete, de 70 para apenas 7. “Essas mudanças são necessárias para dar fôlego às finanças e priorizar o que realmente importa: educação, saúde e infraestrutura para a cidade”, destacou.

Impactos no funcionalismo público

Outro foco das mudanças é o funcionalismo público. Mabel criticou a ineficiência em algumas áreas e destacou a necessidade de maior comprometimento dos servidores. “O cargo público é para servir ao cidadão. Não podemos aceitar casos de pessoas que só batem ponto e não trabalham. Precisamos valorizar quem realmente cumpre suas funções”, afirmou.

Na educação, o prefeito apontou que 6 mil servidores estão em licença médica, representando um desafio para a continuidade dos serviços. Segundo ele, é preciso revisar essas situações, já que alguns casos indicam irregularidades, como o acúmulo de funções fora do município.

Desafios para o futuro

Com a dívida crescente e o orçamento comprometido, Mabel ressaltou que as medidas são essenciais para equilibrar as contas e liberar recursos para investimentos. “Não é uma tarefa fácil, mas é indispensável para que Goiânia possa construir escolas, unidades de saúde e garantir serviços básicos para todos os cidadãos”, concluiu.

A reestruturação administrativa marca o início de um processo de transformação que busca colocar as finanças da cidade em ordem e promover uma gestão mais eficiente e sustentável.

Compartilar
Facebook
Compartilhar
LinkedIn
WhatsApp
Email
Telegram
Facebook

Artigos Relacionados