Prefeitura tentou negociação, mas a proposta foi recusada
Nesta terça-feira (29), professores e técnico-administrativos da rede municipal de Aparecida de Goiânia entraram em greve, após recusarem a proposta apresentada pela Prefeitura. A categoria reivindica demandas importantes, como o pagamento do piso salarial nacional dos professores e a regularização de progressões e titularidades de administrativos da rede.
A Secretaria Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia informou em nota, que das 93 unidades escolares do município, 13 unidades estão com atividades totalmente paralisadas. Outras 43 com paralisação parcial e 37 com atividades ocorrendo normalmente.
“A verdade é que nós da educação não queremos greve. O que nós também não queremos é ficar com prejuízo pela demora do pagamento daquilo que é um direito, é lei federal e que a prefeitura sabe. Portanto, não é nada de novo, é uma lei desde 2008”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima.
Negociação
De acordo com o Sintego, a Prefeitura não apresentou, na última sexta-feira (25), uma proposta concreta que agilize o pagamento salarial dos meses de janeiro a abril. A entidade propôs que os valores fossem pagos a partir de julho, o que revoltou a categoria. Aproximadamente 1.400 técnico-administrativos e 1.500 professores aguardam os pagamentos.
Na segunda-feira (29), uma nova tentativa de negociação foi realizada, mas novamente rejeitada pelos profissionais.
Aparecida de Goiânia enfrenta dívidas deixadas pelo ex-prefeito Vilmar Mariano, que deixou a folha de pagamento dos servidores públicos em aberto no mês de dezembro.
Leia a nota na íntegra da Secretaria Municipal de Educação
A atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025, herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a administração já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento referente a dezembro de 2024, deixados pela gestão anterior. Além disso, a atual gestão mantém o salário dos servidores rigorosamente em dia, efetuando o pagamento dentro do mês trabalhado.
Diante dessa realidade financeira, a Prefeitura, por meio das secretarias de Educação, Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Município, mantém diálogo constante com a categoria para, com responsabilidade e transparência, tratar da questão do Piso Nacional dos Professores.
Como parte do esforço de valorização dos servidores da educação, a administração municipal apresentou, na última sexta-feira, 25 de abril, uma proposta à categoria: pagar o novo valor do piso nacional a partir de maio e estudar uma forma de viabilizar o pagamento do retroativo referente aos primeiros quatro meses do ano.
Nesta segunda-feira, 28 de abril, foi realizada nova reunião entre a Prefeitura e o Sintego. A proposta apresentada pela gestão municipal não foi aceita pela categoria. Mesmo assim, a administração municipal reafirma seu compromisso com o diálogo e transparência, buscando soluções que respeitem os limites orçamentários do município e garantam os direitos dos servidores da educação.
Fonte: Mais Goiás
Foto: Sintego