O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), reativou a Sala de Situação de Arboviroses para reforçar o monitoramento e as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A medida visa fortalecer a articulação entre os municípios e agilizar o encaminhamento de materiais, a regulação de pacientes e o suporte técnico.
A primeira reunião ordinária ocorre nesta quinta-feira (30/01), na Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES-GO, onde serão analisados os dados epidemiológicos e definidas estratégias para as regiões de maior risco. O secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, destacou que materiais como o cartão de acompanhamento do paciente e o fluxograma de manejo clínico da dengue serão reenviados aos municípios, reforçando a importância do início imediato da hidratação e do correto manejo clínico para evitar agravamentos e óbitos.
A Sala de Situação conta com a participação de diversas áreas da SES, incluindo as superintendências de Vigilância em Saúde (Suvisa), Política de Atenção Integral à Saúde (Spais) e Regulação Controle e Avaliação, além da Defesa Civil Estadual.
Cenário epidemiológico
Até o momento, Goiás registra 9.630 casos notificados de dengue, com 4.033 confirmados e um óbito em Heitoraí. Outros 11 estão em investigação. Há também 102 casos confirmados de chikungunya e um caso de zika, sem registros de mortes. O sorotipo 2 da dengue é o predominante em 2025, com um caso importado de dengue tipo 3 identificado em Anápolis.
A subsecretária de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, informou que a Sala de Situação realizará reuniões semanais para ajustar as estratégias de assistência e identificar os municípios prioritários para reforço das ações de combate ao vetor. Municípios com aumento expressivo de casos, como Catalão, Iporá, Diorama, Santo Antônio do Descoberto e Brazabrantes, estão recebendo equipes do Controle de Vetor da SES para treinamentos e suporte nas ações de eliminação de criadouros e controle químico.
Apoio e capacitação
Além das ações diretas, foram definidos hospitais estaduais como referência para atendimento de casos graves. A SES também programou capacitações sobre manejo clínico, que ocorrerão de janeiro a abril, abertas a profissionais da rede pública e privada.
Outro reforço é a estratégia de matriciamento, que define unidades de referência para suporte técnico aos profissionais de saúde em diferentes macrorregiões. Médicos poderão acessar orientações especializadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, garantindo um atendimento mais qualificado aos pacientes com arboviroses.
Com essas iniciativas, o governo busca reduzir o impacto das arboviroses no estado, promovendo ações preventivas e melhorando a assistência aos pacientes.