Evento é o segundo do ano com estrutura para shows que ultrapassam R$ 450 mil
O jornal O Popular teve acesso a um memorando em circulação na Secretaria de Cultura (Secult), junto à Diretoria Administrativa e Financeira da pasta, para a contratação de três artistas para se apresentarem na Marcha para Jesus 2025, sendo que o patrocínio pode custar ao menos R$ 490 mil. O órgão, por meio de nota, afirmou que essa solicitação está em análise e que são pedidos de parecer jurídico e financeiro. No documento, as convidadas seriam Sarah Beatriz, por R$ 100 mil; Valesca Mayssa, por R$ 180 mil; Isadora Pompeo, por R$ 210 mil; e outros – chamados sem a necessidade de um processo licitatório.
Vale lembrar que no dia 2 de abril deste ano, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) uma lei que incluiu a Marcha no calendário cívico, cultural e turístico do estado. Além disso, o evento tem o apoio de figuras importantes da política goiana: o pedido pela lei veio do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), enquanto no final de março, o governador Caiado compartilhou seu apoio nas redes sociais.
O ato está marcado para o dia 1º de maio, na quinta-feira, a partir das 14h, sendo uma caminhada da Praça do Avião até a Praça Cívica, em Goiânia. A Marcha acontece em diversas capitais do país, com diferentes entidades encarregadas da organização e comumente reúne lideranças e membros de espaços evangélicos.
Calamidade financeira
Um ponto sensível nesse cenário, é que no início deste mês de abril, em comemoração aos 100 primeiros dias da gestão Mabel, um show aconteceu na Região Noroeste de Goiânia. Mesmo que, segundo a Secult, os artistas não cobraram cachê, a estrutura total do evento custou R$ 470 mil à pasta – gestão esta que declarou estado de calamidade financeira pelo período de 120 dias que começou em fevereiro.
Nesse cenário financeiro, o Comitê de Controle de Gastos que foi criado pela atual prefeitura, é responsável por examinar propostas orçamentárias dos órgãos, entidades e fundos com mais de R$ 500 mil de despesas, além de seguir os limites de receita previstos pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) e a disponibilidade do fluxo de caixa do Tesouro Municipal.
Fonte: O Popular.
Crédito da imagem: Reprodução/Hegon Correa.