A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, na noite desta terça-feira (18), denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Entre os denunciados estão militares de alta patente, como o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Braga Netto, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A lista da PGR, no entanto, trouxe mudanças em relação ao indiciamento feito pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2024. Dez pessoas que haviam sido indiciadas pela PF não foram incluídas na denúncia da PGR, entre elas o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor da Presidência, Tércio Arnaud.
Confira a lista dos que foram indiciados pela PF, mas ficaram de fora da denúncia da PGR:
- Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
- Amauri Feres Saad
- Anderson Lima de Moura
- Aparecido Portela
- Carlos Giovani Delevati Pasini
- Fernando Cerimedo
- José Eduardo de Oliveira e Silva
- Laercio Vergilio
- Tércio Arnaud
- Valdemar Costa Neto
Por outro lado, cinco pessoas que não constavam no documento da PF agora foram denunciadas pela PGR, incluindo o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques:
- Fernando de Sousa Oliveira
- Márcio Nunes de Resende Júnior
- Marília Ferreira de Alencar
- Rodrigo Bezerra de Azevedo
- Silvinei Vasques
Entenda o caso
A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalha a participação de Bolsonaro e dos demais acusados no planejamento e execução de uma tentativa de golpe para impedir o funcionamento dos Poderes da República e derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a PGR, o grupo utilizou violência e ameaças para alcançar seus objetivos, atacando as urnas eletrônicas, desafiando decisões do STF e incentivando ações golpistas. A acusação formaliza o envolvimento de Bolsonaro com aliados, assessores e militares na trama criminosa.
O Supremo Tribunal Federal analisará a denúncia apresentada pela PGR para decidir os próximos passos do processo.
