A União Europeia confirmou nesta quinta-feira (3/4) que prepara medidas de retaliação contra os Estados Unidos após o anúncio de tarifas de até 50% sobre importações americanas pelo governo de Donald Trump. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a medida como um “grande golpe à economia mundial” e alertou para riscos de uma guerra comercial global.
Detalhes do conflito comercial
- Novas tarifas dos EUA: Trump impôs sobretaxa mínima de 10% a todas as importações, com alíquotas personalizadas que chegam a 50% para alguns países, baseadas no princípio de “reciprocidade”.
- Resposta da UE: O bloco finaliza plano para taxar US$ 26 bilhões em produtos americanos, ampliando retaliações iniciadas em março contra tarifas sobre aço e alumínio.
- Setor automotivo: Tarifas de 25% sobre veículos importados pelos EUA entram em vigor hoje, afetando especialmente a Alemanha, que pediu “cabeça fria” para evitar escalada.
Reações internacionais
- China: Prometeu “contramedidas resolutas” contra tarifas recíprocas de 54% (soma de novas e existentes) e criticou o “protecionismo sem saída”.
- Reino Unido: Disse ter “instrumentos para retaliar”, mas mantém tom contido.
- Ásia: Bolsas despencaram, com Japão (24% de tarifa) e Coreia do Sul alertando para “guerra tarifária global”.
Impactos econômicos
Mercados financeiros registraram quedas generalizadas, refletindo temores de desaceleração econômica. Analistas do Deutsche Bank e da Capital Economics avaliam que as tarifas superaram expectativas negativas, com o Brasil entre os menos afetados (taxa de 10%).
Próximos passos: A UE busca negociar, mas Von der Leyen criticou a “falta de ordem” na política comercial americana. Enquanto isso, países calibrarão respostas conforme a implementação efetiva das tarifas.
(Fontes: Deutsche Welle, agências internacionais)