*Destaque, Goiás, Política Venda de apoio e fake news sobre fundo partidário: entenda por que Pablo Marçal foi declarado inelegível

O influenciador digital e ex-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) foi condenado à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico e político, além de práticas consideradas ilegais durante a campanha eleitoral de 2024. A decisão, proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1.ª Zona Eleitoral, apontou que Marçal vendeu apoio político a candidatos a vereador e disseminou fake news sobre o fundo partidário.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais durante a campanha, Marçal se ofereceu para gravar vídeos de apoio a candidatos a vereador em troca de doações de R$ 5 mil para sua campanha. Ele justificou a prática alegando que estava em uma “eleição desleal”, já que seus adversários teriam acesso a recursos públicos, enquanto ele não utilizou dinheiro do fundo eleitoral. Em transmissão ao vivo na sexta-feira (21), Marçal afirmou que não chegou a gravar os vídeos porque foi impedido por sua equipe jurídica, mas confirmou que candidatos fizeram doações após sua oferta.

A sentença do juiz Zorz destacou que a conduta de Marçal teve “potencialidade para macular a integridade do processo eleitoral”, já que ele se utilizou de sua influência nas redes sociais para obter vantagem financeira e política. Além disso, o magistrado ressaltou que o influenciador espalhou fake news sobre o fundo partidário, distorcendo fatos e se colocando como vítima de um sistema eleitoral injusto. Segundo o juiz, essas ações comprometeram a “normalidade e legitimidade” das eleições.

Pablo Marçal, que concorreu à prefeitura de São Paulo em 2024 e terminou em terceiro lugar, com 1.719.274 votos (28,14% dos votos válidos), poderá recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Enquanto isso, a inelegibilidade impede que ele dispute eleições pelos próximos anos.

O caso reacende o debate sobre o uso de redes sociais e influência digital em campanhas eleitorais, além de destacar a importância da fiscalização para garantir a lisura do processo democrático. A decisão da Justiça Eleitoral reforça que práticas como a venda de apoio político e a disseminação de desinformação não serão toleradas, visando preservar a integridade das eleições e a confiança dos eleitores.

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