Às vésperas da posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato, marcada para 10 de janeiro, o governo venezuelano anunciou uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à captura de Edmundo González, líder da oposição e candidato que disputou as eleições de 2024 contra Maduro.
Cartazes de procurado e acusações
O Corpo de Investigações Penais, Científicas e Criminalísticas (CICPC) divulgou cartazes com a foto de González, acusando-o de crimes como conspiração, falsificação de documentos, incitação à desobediência, entre outros. Edmundo se exilou na Espanha após a eleição, considerada fraudulenta por setores da oposição, que alegam a ausência de auditorias e a não divulgação dos dados por mesa de votação.
Plano de retorno e manifestações
Apesar das acusações, González anunciou seu retorno ao país e convocou manifestações para o dia da posse de Maduro. “Vejo vocês nas ruas do nosso amado país”, afirmou em suas redes sociais. Antes disso, o opositor fará uma viagem por países da América Latina, começando pela Argentina, onde será recebido pelo presidente Javier Milei.
Reações do governo e apoio chavista
Em contrapartida, Maduro mobilizou seus apoiadores para defender sua legitimidade. “Juro por Bolívar e Hugo Chávez que essa Casa Presidencial jamais cairá nas mãos do imperialismo”, declarou em um discurso recente.
Contexto internacional
A recusa de países como os EUA, União Europeia e até o Brasil em reconhecer a vitória de Maduro sem auditorias eleitorais tem intensificado tensões diplomáticas. O governo brasileiro, que pode ser representado na posse pela embaixadora em Caracas, enfrenta atritos com a Venezuela, agravados pela exclusão de Caracas do Brics.
A crise política na Venezuela continua polarizada, com expectativas de manifestações em massa tanto da oposição quanto dos chavistas no dia da posse.