O embate na Câmara Municipal de Goiânia sobre a reunião no Paço Municipal, ocorrida na segunda-feira (11/03), ganhou novos capítulos nesta quarta-feira (12/03). Desta vez, o vereador Vítor Hugo (PL) utilizou a tribuna para questionar a forma como a prefeitura pretende receber um aporte financeiro de R$ 190 milhões para solucionar os problemas da Comurg (Companhia de Urbanização de Goiânia). O parlamentar criticou a falta de transparência no processo e reforçou que o assunto, de extrema relevância, precisa ser debatido de forma ampla pelo Poder Legislativo.

Vítor Hugo, que esteve presente na reunião no Paço, destacou que nem ele nem os outros três vereadores do Partido Liberal (PL) fazem parte da base do governo, mas todos compareceram ao encontro. O vereador aproveitou para externar sua insatisfação com o poder concedido ao prefeito Sandro Mabel pela legislatura passada, que permite o remanejamento de 50% do orçamento da capital por meio de decreto.

“Se eu fosse vereador na legislatura passada, teria votado contra a taxa do lixo. Da mesma forma, teria votado contra os 50% de remanejamento por decreto pelo prefeito”, afirmou Vítor Hugo. Ele criticou a perda de controle da Câmara sobre o orçamento municipal, afirmando que “o orçamento de Goiânia é uma peça de ficção”.

O parlamentar reforçou que sua posição é independente e focada no bem da cidade. “Falo isso com a tranquilidade de quem não é base ou oposição, mas quer o bem de Goiânia”, disse.

Ao final de sua fala, Vítor Hugo fez um apelo direto ao prefeito Sandro Mabel: “O pedido que fiz ao prefeito, e que refaço agora, é que o governo utilize esses quase R$ 200 milhões para reduzir a taxa do lixo para a população. Essa seria uma medida concreta para aliviar o bolso dos goianienses.”

A fala do vereador amplia o debate sobre a gestão financeira da Comurg e a transparência nas decisões da prefeitura. O tema, que já havia gerado críticas de outros parlamentares, como Aava Santiago (PSDB) e Kátia (PT), continua a dividir opiniões na Câmara. Enquanto a base governista defende a agilidade nas ações do Executivo, a oposição e parlamentares independentes cobram mais participação do Legislativo e clareza nos processos que impactam diretamente a população.

Assista a fala na íntegra abaixo.

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_{Por: Jéssica Neves}