A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em primeira votação, a criação de 41 cargos comissionados que custarão R$ 467 mil mensais aos cofres públicos. A aprovação ocorreu de forma rápida e sem debate, levando apenas 15 segundos para ser concluída. A falta de discussão e a agilidade na tramitação do projeto geraram críticas de vereadores da oposição, que questionaram a transparência e a necessidade dos novos cargos.
O projeto, que ainda precisa passar por uma segunda votação, cria 27 assessorias de apoio, 8 coordenadorias, 1 assessoria-executiva e aumenta o número de diretorias de 13 para 21. Os salários variam de R$ 5,06 mil a R$ 23,6 mil, com um impacto anual estimado em R$ 6,01 milhões.
Críticas da oposição
Os vereadores Edward Madureira e Fabrício Rosa, ambos do PT, foram os únicos a votar contra a proposta. Madureira, ex-reitor da UFG, criticou a falta de estudos técnicos e a forma apressada como a matéria foi aprovada. “Não houve debate, não houve transparência. Isso é um desserviço à população”, afirmou.
Fabrício Rosa também destacou a ausência de diálogo com os vereadores e a população. “Nem todos os parlamentares foram ouvidos. Faltou clareza sobre a real necessidade desses cargos”, disse.
Defesa do governo
Por outro lado, o vereador Igor Franco (MDB), líder do governo, defendeu a agilidade na tramitação e a necessidade dos novos cargos. Segundo ele, a reestruturação é essencial para atender ao aumento do número de vereadores e melhorar os serviços prestados pela Câmara. “Esses cargos são necessários para garantir o bom funcionamento da Casa”, afirmou Franco, que será beneficiado com a criação de uma coordenadoria e três assessorias de apoio.
Próximos passos
O projeto ainda será analisado pela Comissão do Trabalho e Servidores Públicos, presidida pelo vereador Sargento Novandir. Após a análise, a matéria retornará ao plenário para a segunda e definitiva votação.
A aprovação rápida e sem debate gerou polêmica e levantou questionamentos sobre a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos. Enquanto a oposição critica a falta de critérios, a base governista defende a medida como necessária para modernizar a estrutura da Câmara.